Bom Dia!!! Que Deus nos ilumine e nos ampare nessa semana que começa!
E para começar bem a semana toda segunda-feira nós aqui do Infinito Espiritual, iremos abrir aleatoriamente o Evangelho Segundo o Espiritismo e postar aqui a lição, para que todos tirem um minutinho do dia para a leitura do mesmo.
E hoje a lição foi: Bem-aventurados os que têm puro o coração - Cap VIII
1. Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus. (S.
Mateus, cap. V, v. 8.)
2. Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse,
e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas
apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse: "Deixai que venham a
mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os
que se lhes assemelham. - Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o
reino de Deus como uma criança, nele não entrará." - E, depois de as abraçar,
abençoou-as, impondo-lhes as mãos. (S. MARCOS, cap. X, vv. 13 a 16.)
3. A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui
toda idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como
emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade.
Poderia parecer menos justa essa comparação, considerando-se que o Espírito
da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as
imperfeições de que se não tenha despojado em suas precedentes existências. Só
um Espírito que houvesse chegado à perfeição nos poderia oferecer o tipo da
verdadeira pureza. E exata a comparação, porém, do ponto de vista da vida
presente, porquanto a criancinha, não havendo podido ainda manifestar nenhuma
tendência perversa, nos apresenta a imagem da inocência e da candura. Daí o não
dizer Jesus, de modo absoluto, que o reino dos céus é para elas, mas
para os que se lhes assemelhem.
4. Pois que o Espírito da criança já viveu, por que não se mostra, desde o
nascimento, tal qual é? Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de
cuidados especiais, que somente a ternura materna lhe pode dispensar, ternura
que se acresce da fraqueza e da ingenuidade da criança. Para uma mãe, seu filho
é sempre um anjo e assim era preciso que fosse, para lhe cativar a solicitude.
Ela não houvera podido ter-lhe o mesmo devotamento, se, em vez da graça ingênua,
deparasse nele, sob os traços infantis, um caráter viril e as idéias de um
adulto e, ainda menos, se lhe viesse a conhecer o passado.
Aliás, faz-se necessário que a atividade do princípio inteligente seja
proporcionada à fraqueza do corpo, que não poderia resistir a uma atividade
muito grande do Espírito, como se verifica nos indivíduos grandemente precoces.
Essa a razão por que, ao aproximar-se-lhe a encarnação, o Espírito entra em
perturbação e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo, ficando, por certo
tempo, numa espécie de sono, durante o qual todas as suas faculdades permanecem
em estado latente. E necessário esse estado de transição para que o Espírito
tenha um novo ponto de partida e para que esqueça, em sua nova existência, tudo
aquilo que a possa entravar. Sobre ele, no entanto, reage o passado. Renasce
para a vida maior, mais forte, moral e intelectualmente, sustentado e secundado
pela intuição que conserva da experiência adquirida.
A partir do nascimento, suas idéias tomam gradualmente impulso, à medida que
os órgãos se desenvolvem, pelo que se pode dizer que, no curso dos primeiros
anos, o Espírito é verdadeiramente criança, por se acharem ainda adormecidas as
idéias que lhe formam o fundo do caráter. Durante o tempo em que seus instintos
se conservam amodorrados, ele é mais maleável e, por isso mesmo, mais acessível
às impressões capazes de lhe modificarem a natureza e de fazê-lo progredir, o
que toma mais fácil a tarefa que incumbe aos pais.
O Espírito, pois, enverga temporariamente a túnica da inocência e, assim,
Jesus está com a verdade, quando, sem embargo da anterioridade da alma, toma a
criança por símbolo da pureza e da simplicidade.
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